Percentual recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95% e a capital federal atingiu 89,8% em 2020 A vacinação é a principal aliada para pre...
Percentual recomendado pelo Ministério da Saúde é de 95% e a capital federal atingiu 89,8% em 2020
A vacinação é a principal aliada para prevenir a infecção por diversos vírus e bactérias. O tétano é uma delas, cuja doença é causada por toxinas eliminadas pela bactéria Clostridium Tetani. Atualmente, a cobertura vacinal contra o tétano é de 89,8% no Distrito Federal – índice abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de vacinar 95% da população.
Para se proteger, é necessário manter em dia o seguinte esquema vacinal
A vacina pentavalente e a DTP previnem o tétano e outras doenças, como a coqueluche e a difteria. Já a vacina DTPa é aplicada exclusivamente nos profissionais de saúde e nas gestantes. Ela evita que o bebê seja infectado pelo tétano ainda no útero da mãe. A proteção é conferida até os dois meses de idade – quando a criança recebe a primeira dose do imunizante. Vale ressaltar que a doença não confere imunidade. Nesse caso, é necessário atualizar periodicamente o cartão de vacina.
Os imunizantes estão disponíveis em todas as salas de vacina da rede pública de saúde do DF. De acordo com a técnica de Vigilância Epidemiológica Joana Castro, a vacinação é o método de prevenção mais eficaz contra a doença.
“O tétano é uma doença grave e com grande potencial de evolução para o óbito. É uma doença imunoprevenível e a vacina antitetânica é altamente eficaz para evitar a doença. O segredo para se manter livre do tétano é manter a vacinação em dia”, explica a técnica que orienta o que fazer no caso do indivíduo não se lembrar de ter recebido a vacina.
“Basta comparecer ao posto de saúde mais próximo da sua residência e levar a caderneta para que o profissional de saúde avalie sua condição vacinal e forneça as informações adequadas”.
Casos da doença
No Distrito Federal, entre os anos de 1990 e 2019, foram registrados 44 casos de pessoas infectadas pela bactéria e três óbitos. O índice é menor quando comparado com a média nacional, que aponta, no mesmo período, uma taxa de pessoas acometidas pela doença girando entre 30% e 40%. O último óbito por tétano acidental ocorreu em 2007. O paciente era do sexo masculino, tinha 26 anos de idade, e a infecção provavelmente ocorreu por perfuração em membros inferiores.
Apresentava todos os sintomas clássicos da doença (trismo, rigidez de membros e tronco, riso sardônico, opistótono) além de status convulsivo. Nesse caso, não havia registro do histórico vacinal do paciente, que foi internado em um hospital da rede privada e evoluiu para óbito 15 dias após a admissão.
O último caso de infecção por tétano, no Distrito Federal, ocorreu em 2019. Nesse caso, o paciente entrou com tratamento adequado em tempo hábil e se curou sem prejuízos ou sequelas.
Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 50 anos de idade, que trabalha como borracheiro e que havia recebido vacina para tétano (dupla adulto – dT) há mais de 10 anos. A contaminação provavelmente se deu em ambiente de trabalho quando o estouro de um pneu provocou múltiplas lesões nas mãos.
Na época, o paciente foi internado em estado grave, recebeu imunoglobulina antitetânica (IGHAT) e, após aproximadamente um mês, se curou. A frequência de casos confirmados de tétano acidental é baixa correspondendo, em média, a menos de 1 caso por ano.
Prevalência
A doença é mais comum em pessoas entre 30 e 69 anos de idade, trabalhadores agropecuários, seguido pelos grupos de trabalhadores da construção civil (pedreiro), estudantes e donas de casa. O tétano é uma doença grave, que afeta os nervos do corpo todo, causando espasmos musculares que impedem a pessoa afetada de se movimentar.
A bactéria Clostridium Tetani pode estar presente em objetos não só de metal, mas também nos objetos de madeira, de vidro, espinhos, pedaços de galhos, pregos, latas, cacos de vidro, e objetos de metal, mesmo que esses não estejam enferrujados. O contato com restos de entulhos da construção civil, produtos agrícolas devem ser evitados. Para isso, o uso de equipamentos de proteção individual como botas e luvas é muito importante.
As pessoas podem adoecer quando acidentalmente sofrem algum tipo de lesão na pele, como arranhões, cortes ou perfurações, e o agente causador do acidente estiver contaminado, ou outros objetos contaminados entrar em contato com os ferimentos.
Fonte Agência Brasília