Com capacidade para atender cerca de 2 mil pacientes, foi inaugurado, nesta sexta (1º), o espaço do Centro de Referência Interdisciplinar em...
Com capacidade para atender cerca de 2 mil pacientes, foi inaugurado, nesta sexta (1º), o espaço do Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown). A reforma nas instalações foi executada com recursos provenientes de emenda parlamentar do deputado Eduardo Pedrosa.
O serviço funcionará próximo à entrada principal do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ficava a antiga creche do hospital. O atendimento abrange pessoas em todos os ciclos de vida.
O novo espaço conta com seis consultórios e três salas de estimulação, uma delas para pacientes adultos. Nessas salas são desenvolvidas atividades de estimulação precoce e habilidades sensoriais. Há ainda banheiro com fraldário e uma copa.
O secretário adjunto de Assistência, Pedro Zancanaro, lembrou que o CrisDown é um serviço de referência no DF e Centro-Oeste e que, para manter a excelência no atendimento, é preciso um espaço amplo. “Esse público precisa de estimulação precoce, acompanhamento individual e atividades em grupos”, disse.
“Receber este espaço é uma conquista enorme para todos nós”, reforçou a coordenadora do centro, Carolina Vale. “Acreditamos no potencial de cada criança e pessoa com síndrome de Down atendida aqui. Queremos prestar o melhor atendimento e acolhimento para as famílias.”
Assistência
No CrisDown, os pacientes são assistidos por profissionais de pediatria, hebiatria (especialista em adolescentes), cardiopediatria, neuropediatria, clínica médica, nutrição, psicologia, assistência social, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e geriatria. “São pessoas maravilhosas que fazem um trabalho excepcional”, elogiou o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, durante a cerimônia de inauguração.
Há nove anos oferecendo atendimento interdisciplinar, o CrisDown, antes da pandemia, funcionava em um espaço próximo ao pronto-socorro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Como a unidade hospitalar tornou-se referência no atendimento a pacientes com covid-19, o serviço foi transferido para o Adolescentro e depois, para uma parte do ambulatório do Hran.
Acompanhamento
Geovana Pinelli, 12 anos, tem acompanhamento com pediatra e, a partir dos 13 anos, será encaminhada ao hebiatra. A menina fez estimulação precoce e acompanhamento com a fisioterapia e a fonoaudiologia. Hoje, ela estuda em escola regular, pratica vários esportes e participa de uma banda de percussão.
“Eu fico imensamente feliz com a inauguração deste espaço”, comentou a mãe da adolescente, Cleo Bohn. “Eu estou na luta por melhor assistência às pessoas com síndrome de Down desde que minha filha nasceu. Aqui há profissionais que acolhem desde o nascimento até o idoso, e isso me emociona, pois nossos filhos estão vivendo mais, e tudo graças a esse serviço, pois melhora a qualidade e estimativa de vida deles.”
De acordo com especialistas, a estimulação precoce nos três primeiros anos de vida é fundamental para as habilidades e desenvolvimento ao longo da vida de uma pessoa com síndrome de Down.
O acolhimento realizado pela equipe multidisciplinar representa um momento de escuta qualificada e de avaliação das necessidades da pessoa, de acordo com o perfil social e de saúde. Para agendar a primeira consulta, basta entrar em contato pelo telefone (61) 99448-0691.
Fonte Agência Brasília