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Entenda o papel da enfermagem na rede pública de atendimento

Celebrado nesta quinta-feira (12), o Dia Internacional da Enfermagem homenageia o trabalho e a contribuição desses profissionais essenciais....

Celebrado nesta quinta-feira (12), o Dia Internacional da Enfermagem homenageia o trabalho e a contribuição desses profissionais essenciais. A categoria é a que mais possui servidores na Secretaria de Saúde (SES), com 3.984 enfermeiros, além de 9.819 técnicos de enfermagem, totalizando 13.803 profissionais do segmento.

A diretora de Enfermagem da Secretaria de Saúde, Maria Leonor Morais Gois, destaca que o papel dos profissionais da área é promover assistência de enfermagem com qualidade e livre de riscos, tanto para o usuário quanto para o servidor, centrada na dignidade humana, com vistas às ações de prevenção, promoção e reabilitação dos usuários, bem como a gestão dos serviços de área toda a rede de saúde do DF.

Públicos de todas as idades são contemplados pelo atendimento dos enfermeiros | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

“Tanto enfermeiros quanto técnicos/auxiliares de enfermagem assumem um papel cada vez mais decisivo e proativo no que se refere à identificação das necessidades de cuidado da população, bem como na promoção e proteção da saúde dos indivíduos em suas diferentes dimensões”, avalia a diretora de Enfermagem da SES, Maria Leonor Morais Góis. “A enfermagem tem a possibilidade de operar, de forma criativa e autônoma, na Rede de Atenção à Saúde nos três níveis, seja por meio da educação em saúde, seja na promoção ou na reabilitação da saúde dos indivíduos.”

Atributos essenciais

Na atenção básica, porta de entrada do sistema de saúde, o profissional atua com grande capacidade colaborativa no fortalecimento dos quatro atributos essenciais da Atenção Primária à Saúde (APS): acesso, longitudinalidade, abrangência e coordenação do cuidado.

Profissionais da enfermagem avaliam em qual nível de atenção deve se encaixar o usuário dos serviços

Em relação ao acesso, há o acolhimento realizado, principalmente, pelos profissionais da enfermagem, tanto técnicos/auxiliares quanto enfermeiros, com escuta qualificada e estratificação de riscos (exclusiva do enfermeiro) e vulnerabilidades. Na longitudinalidade, há o cuidado contínuo, tendo o enfermeiro um papel central de estabelecer vínculos de confiança ao longo dos diferentes momentos de vida dos indivíduos e até mesmo entre as diversas gerações de uma mesma família.

“A abrangência do cuidado é o terceiro item e consiste em atender a maior parte das necessidades de saúde das pessoas, podendo ser favorecida com a prática avançada de enfermagem, estratificação de vulnerabilidades, avaliação dos serviços sociais disponíveis e até mesmo articulações entre esses, para um cuidado compartilhado à população assistida”, define a diretora de Enfermagem da SES.

Ainda na Atenção Primária à Saúde, a coordenação do cuidado é prioritariamente a atuação da enfermagem junto à equipe, contribuindo como ponto central de comunicação da rede de atenção à saúde. “O enfermeiro avalia em qual nível de atenção o usuário deve estar e garante o cuidado continuado”, resume a gestora.

Assistência hospitalar

Na área hospitalar, o profissional de enfermagem é o colaborador da equipe que permanece mais tempo ao lado do paciente e tem a capacidade de observá-lo holisticamente. Ele avalia os sinais vitais, administra medicamentos, prepara e acompanha na realização de exames, além de viabilizar a comunicação entre o paciente e familiares.

Enfermeiros também fazem a comunicação com demais profissionais acerca de mudança do quadro de saúde e necessidade de reavaliações, conforto e segurança do atendido nos diversos níveis que a atenção hospitalar requer. Maria Leonor lembra ainda da importância do papel do profissional de enfermagem na reabilitação, em que o paciente é estimulado a se tornar independente o máximo que puder.

De acordo com as condições do assistido, o enfermeiro promove e incentiva o autocuidado por meio de orientações e treinamento de situações relacionadas às atividades básicas da vida diária, como comer, beber, vestir, andar, dormir, entre outras.

“Nos cuidados paliativos, os enfermeiros atuam, principalmente, no contexto da aceitação do diagnóstico e auxílio para conviver com a doença”, explica a gestora. “Eles desenvolvem assistência integral ao paciente e à família por meio da escuta, com o objetivo de diminuir a ansiedade devido ao medo da doença e do futuro.”

O enfermeiro também é o interlocutor e o principal agente catalisador das políticas e programas voltados à  saúde coletiva – na atenção, na gestão, no ensino, na pesquisa e no controle social, bem como no fomento de ações educativas e de promoção da saúde dos indivíduos, famílias e comunidades.

Enfermeiro e técnico de enfermagem

Ao enfermeiro compete promover intervenções de enfermagem de maior complexidade técnico-científica, como a consulta feita por esse profissional, de forma exclusiva (incluindo a classificação de risco), prescrição de medicamentos e solicitação de exames descritos em protocolos específicos, além do planejamento e gerenciamento de enfermagem e de serviços de saúde.

Já o técnico de enfermagem atua como profissional auxiliar, sob supervisão de um enfermeiro, na administração de medicamentos, coleta de exames, tratamento de lesões de pele, visitas domiciliares, vacinação, auxílio na passagem e troca de sondas, coordenação de equipes, acolhimento, estratificação de vulnerabilidades e aferição dos sinais vitais.

Contratações

Nos últimos anos, a SES vem contratando profissionais de enfermagem, efetivos e temporários, de maneira contínua. Em 2020, 387 enfermeiros passaram a integrar os quadros da pasta; no ano seguinte, foram admitidos 302. Para carreira de técnico de enfermagem, somaram-se à força de trabalho 204 profissionais.

As contratações reforçam o trabalho nos eixos da assistência, gestão, governança, organização dos serviços e educação permanente do Distrito Federal, proporcionando uma ampla cobertura aos usuários. “Além disso, [as contratações] garantem a otimização dos serviços de saúde, sem sobrecarga de trabalho, assegurando um cuidado humanizado e livre de riscos”, conclui a diretora de Enfermagem da SES.

Fonte Agência Brasília