“Vamos demarcar a tela”. Com esta frase, o cineasta Takumã Kuikuro explica a sua iniciativa de criar o 1º Festival de Cinema e Cultura Indíg...
“Vamos demarcar a tela”. Com esta frase, o cineasta Takumã Kuikuro explica a sua iniciativa de criar o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena (FeCCI), que terá início nesta sexta-feira (2), no Cine Brasília, com apresentações sempre às 14h, 16h e 20h.
“Os filmes da mostra contam a história de indígenas sob a perspectiva dos próprios indígenas”, explicou Takumã. São 45 produções que, protagonizadas pelos povos originários, marcarão presença durante os dez dias do festival.
Para a premiação oficial, serão selecionados trabalhos que vão concorrer nas categorias Melhor Filme pelo júri especializado e Melhor Filme pelo júri popular, com prêmios de R$ 5 mil e R$ 3 mil, respectivamente. Haverá ainda o Prêmio Instituto Alok, nas categorias Melhor Roteiro, Melhor Direção e Melhor Fotografia, cada uma com direito a R$ 5 mil.
Mais atrações
Outra atração é a Mostra Paralela, com 20 filmes. Três deles foram selecionados para participar do FeCCI Lab, o laboratório de finalização de projetos audiovisuais do festival, em agosto e outubro.
Já a Mostra Convidados terá 15 filmes, entre os quais também há produções de cineastas que não fazem parte do universo indígena, mas estão alinhados com o enfoque do trabalho.
Depois de produzir quatro filmes – como Hipermulheres, premiado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – e de ser jurado na mesma mostra, Takumã achou que era o momento de os indígenas estarem atrás das câmeras.
“Não existia um festival em que pudéssemos contar nossas histórias”, relata explicou o cineasta, engajado no projeto de incentivar mais indígenas a escolherem o cinema como forma de comunicação. O mais novo filme de Takumã, A Febre da Mata, um curta-metragem que fala do desmatamento da Amazônia, também fará parte da mostra.
Confira a programação completa do festival.
Fonte Agência Brasília