Baixista disse que ofensas machistas eram corriqueiras na convivência com Ricardo Confessori, e que o "ciclo encerrou" após o álbu...
Baixista disse que ofensas machistas eram corriqueiras na convivência com Ricardo Confessori, e que o "ciclo encerrou" após o álbum Rescue
Esta semana, na esteira dos ataques terroristas a Brasília no último domingo (8), o Shaman anunciou o fim das atividades. Agora, o baixista Luis Mariutti deu mais detalhes sobre as divergências internas que levaram ao rompimento.
Em entrevista ao KazaGastão (via Whiplash), canal do jornalista Gastão Moreira no YouTube, o fundador do Shaman disse que o término tem a ver com as recentes falas preconceituosas do baterista Ricardo Confessori, e não com o posicionamento político dele.
No dia 9 de janeiro, Confessori publicou críticas a Lula, após o presidente condenar os atos golpistas na Capital Federal. Nos comentários do post, entretanto, ele fez ofensas homofóbicas ao veterinário e músico Mateus Ferreira, que inclusive prometeu processar o baterista.
Ao comentar o assunto, Luis Mariutti disse que, na convivência com Confessori, já ouviu outras falas preconceituosas, inclusive direcionadas à sua esposa:
Não foi por política. Foi por preconceito, por falas preconceituosas. Ali tem uma uma frase, por exemplo, sobre feminismo. A minha esposa é feminista e passa esses conceitos de igualdade pra nossa filha. E é ela quem produz nossos eventos, é a minha mulher que contrata o Ricardo. Aí às vezes, por ela estar comigo, [eu já ouvi] ‘a mina do cara quer dar palpite?’, ou ‘ah, essa Yoko Ono’.
Shaman sofreu críticas dos fãs por causa de Confessori
No papo com Gastão Moreira, Mariutti também disse que sentiu um “fim de ciclo” para o Shaman após a gravação do último álbum, Rescue (2022), e que não se sentiu bem de fazer a turnê do disco.
O baixista ainda mencionou críticas que recebeu dos fãs por supostamente “passar pano” para as agressões de Ricardo Confessori:
Eu tentei nessa volta, com o Ricardo especificamente, ser o mais correto possível no sentido de não misturar, porque percebi que ele estava com uma cabeça mais radical, com pensamentos completamente diferentes do meu. Muitos fãs vieram pra gente ao longo desse tempo falando ‘desculpa aí, mas eu não sigo mais a sua banda porque eu discuti com o cara ali [Ricardo]’. Isso tudo a gente vinha relevando e até sendo criticado: ‘pô, os caras são puta passa-pano’.
No papo, que está disponível na íntegra pelo vídeo abaixo, Luis Mariutti ainda destacou que foi atrás do perfil do fã atacado por Confessori e descobriu que ele tinha uma forte ligação com seu trabalho enquanto baixista, o que lhe chateou bastante.
Vocalista, Alírio Netto também se manifestou
Em tempo, Luis Mariutti já havia citado problemas de saúde física e mental como razões para deixar o Shaman. Já o vocalista do grupo, Alírio Netto, lamentou o fim da banda mas deixou claro que também não concorda com as atitudes de Confessori.
O Shaman foi formado em 2000 pelos ex-membros do Angra, Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori, e lançou cinco álbuns de estúdio, sendo considerada uma das maiores representantes do Metal brasileiro.
Veja a entrevista no começo da matéria ou clicando aqui.
Fonte Tenho Mais Discos Que Amigos