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Andreas Kisser relembra química com Max Cavalera no Sepultura: “parecíamos um só guitarrista”

Fotos por Marta Ayora e Stephanie Hahne / TMDQA! O  Sepultura  já acumula quase 40 anos de carreira, consolidados como uma das maiores banda...

Andreas Kisser e Max Cavalera, ex-parceiros de Sepultura
Fotos por Marta Ayora e Stephanie Hahne / TMDQA!

Sepultura já acumula quase 40 anos de carreira, consolidados como uma das maiores bandas de Heavy Metal do planeta. Mas foi no fim dos 90 que o grupo achou a “sintonia fina” entre guitarras com Max Cavalera e Andreas Kisser.

Em entrevista ao TMDQA!, Kisser relembrou a química com o vocalista e guitarrista que saiu do Sepultura em 1997. Segundo ele, o melhor momento de composição entre os dois foi no álbum Roots (1996), mas esse entendimento foi desenvolvido ao longo de nove anos.

Na última sexta-feira (31), Andreas lançou seu primeiro disco em sete anos com o supergrupo latino De La Tierra. E ele está especialmente contente por poder compor ao lado de outro guitarrista novamente, o argentino Andrés Giménez.

Kisser disse que, ao longo de três álbuns com a banda latina, desenvolveu com o líder do A.N.I.M.A.L. uma conexão parecida com a que tinha com Max Cavalera:

Desde que o Max [Cavalera] saiu do Sepultura, eu não tinha um parceiro de banda tocando outra guitarra, e isso faz uma diferença brutal. O processo que eu tinha com o Max começou lá em 1987 e se desenvolveu até o que foi o Roots [1996]. A gente parecia um guitarrista só. E pra você ter uma sintonia assim com outro guitarrista não é tão simples. Mas com o Andrés a gente achou. Já conhecíamos muito o trabalho um do outro, então a gente sabe onde estão os defeitos e virtudes de cada um.

Andreas Kisser e a importância dos solos de guitarra

Durante a entrevista, que você pode ler na íntegra aqui ou ouvir um trecho no Podcast TMDQA! no player mais abaixo, Andreas Kisser também voltou a falar sobre a falta de solos de guitarra no Rock brasileiro.

Ele listou suas influências entre NirvanaEddie Van HalenPaco de Lucía e até Jota Quest para exemplificar artistas que exploram todas as possibilidades do instrumento:

Quando entrei no Sepultura, o solo era algo fundamental nas nossas músicas. Era aquela época com todos os grandes heróis da guitarra: Van Halen, Steve Vai, Joe Satriani, Yngwie Malmsteen. Sempre gostei muito do violão também, essa coisa de solar como o Al Di Meola, Paco de Lucía. É o tesão do violão ou da guitarra, você ter essa possibilidade do improviso, de viajar e quebrar seus próprios limites. Te possibilita fazer coisas que você achava que não era possível. Recentemente eu fui ver o Jota Quest celebrando 25 anos, e nunca tinha percebido como todas as músicas têm muito solo, e solos fantásticos, muito bem compostos e tocados ao vivo. O Marco Túlio nem costuma ser mencionado como solista, mas ele está lá fazendo coisas interessantes. Tá aí a possibilidade de você ter uma música Pop de rádio, mas ter o respeito ao instrumental e à guitarra, que é tão importante na história da música. Qual que é o símbolo do Rock? É a guitarra!

E aí, você concorda?

Sepultura

Relembre abaixo um dos belos exemplos da sintonia entre Max Cavalera e Andreas Kisser com o clássico “Ratamahatta”.

De La Tierra

Na sequência, assista ao clipe de “Depredadores”, música do novo disco da banda De La Tierra.

Fonte Tenho Mais Discos Que Amigos