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Cultivo protegido de mandioca é apresentado na AgroBrasília

A cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa, plantada em canteiros cobertos com filme plástico apresentou 90% de aumento da produtividade ...

A cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa, plantada em canteiros cobertos com filme plástico apresentou 90% de aumento da produtividade e redução da mão de obra

Cultivar mandioca não é coisa nova. Cultivo sob mulching de hortaliças (canteiros cobertos com plástico) e com irrigação por gotejamento também não. Novidade mesmo é unir as três técnicas e é isso que a Emater apresenta no Circuito da Olericultura durante a AgroBrasília 2023, que segue até este sábado (27), no Núcleo Rural PAD-DF. No espaço, foi plantada a mandioca cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa, em canteiros cobertos com filme plástico de polietileno com irrigação por gotejamento e fertirrigação – técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado.

Tecnologia de cultivo da mandioca tem potencial de grande retorno financeiro para o produtor rural, segundo a Emater | Foto: Ana Nascimento/Emater

Resultado de experimentos realizados pela Embrapa e empregados por diversos agricultores do DF, com assistência da Emater, a tecnologia indica a possibilidade de aumento de cerca de 90% na produtividade. Além disso, foram observadas a redução na necessidade de irrigação pela diminuição de perda d’água por evaporação direta e a otimização no uso de fertilizantes.

Além do cultivo protegido da mandioca, o Circuito de Olericultura da Emater vai apresentar muitas outras tecnologias empregadas no cultivo de hortaliças. Os visitantes do espaço vão conhecer seis cultivares de tomate, uma de pimentão, uma de feijão-vagem, uma de jiló e uma de repolho roxo, todas plantadas dentro de estufa

A cultivar BRS 429 tem características comerciais bastante atrativas, como excelente produtividade, tolerância às principais doenças, porte ereto que facilita o manejo, 20 minutos de tempo médio de cozimento e a cor da polpa é amarelo intenso. De acordo com o coordenador do circuito de Olericultura da Emater-DF na AgroBrasília 2023, Antonio Dantas, a tecnologia foi escolhida por apresentar uma opção viável de investimento com grande retorno financeiro para o produtor rural, além de reduzir a necessidade de serviços e de mão de obra, que representa redução significativa de custos ao produtor.

“O uso correto das tecnologias disponibilizados pela pesquisa e a adequada gestão da propriedade têm sido fatores que levam ao sucesso e à manutenção da viabilidade dos empreendimentos dos pequenos agricultores. A Emater tem se esforçado para construir alternativas junto dos agricultores e essa tecnologia que vamos apresentar é uma dessas iniciativas”, ponderou Antonio Dantas.

Olericultura

Além do cultivo protegido da mandioca cultivar BRS 429, o Circuito de Olericultura da Emater vai apresentar muitas outras tecnologias empregadas no cultivo de hortaliças. Os visitantes do espaço vão conhecer seis cultivares de tomate, uma de pimentão, uma de feijão-vagem, uma de jiló e uma de repolho roxo, todas plantadas dentro de estufa. Em ambiente protegido, também estarão plantas medicinais e aromáticas.

Serão apresentadas, ainda, hortaliças folhosas cultivadas em canteiros hidropônicos e em cultivo protegido sob mulching com irrigação por gotejamento. Além das folhosas, foram plantados jiló e berinjela sob mulching, com irrigação por gotejamento. Também será apresentado o plantio do maxixe feito sob cobertura morta de plástico e de matéria orgânica. Finalizando as demonstrações tecnológicas usadas no cultivo de olerícolas, será apresentada a aplicação de agrotóxicos por meio de drones.

Segundo o Relatório de Atividades Agropecuárias do Distrito Federal feito pela Emater em 2022, a olericultura produziu 238.952 toneladas de produtos, numa área plantada de 8.214,234 hectares. O tomate lidera o ranking com 34.509,78 toneladas, seguida da alface, com 23.263,22 toneladas.

Com informações da Emater