A comemoração é antecipada ao dia da homenagem, em 1º de julho, devido ao recesso da CLDF. O dia da PM feminina provém da Lei 6285/2019, de ...
A comemoração é antecipada ao dia da homenagem, em 1º de julho,
devido ao recesso da CLDF. O dia da PM feminina provém da Lei 6285/2019, de
autoria do deputado Hermeto (MDB), que também presidiu a sessão.
“A presença da mulher na sociedade moderna é cada vez mais marcante e a
presença das mulheres na Polícia Militar do Distrito Federal representou a
democratização e a modernização da estrutura institucional. Hoje as policiais
militares femininas atuam nas mais diversas funções, desempenhando atividades
operacionais, especializadas e administrativa, assumindo a função de
comando e gestão, mas ainda não são suficientes”, disse o parlamentar ao
iniciar os discursos.
Hermeto cita que a incorporação das mulheres ocorreu inicialmente somente no
círculo hierárquico, das praças, a partir da criação de quadros separados entre
homens e mulheres, com concurso exclusivo para as mulheres. O deputado
relembrou que, somente a partir de 1998, que policiais militares homens e
mulheres fizessem parte de um mesmo quadro funcional.
“É possível perceber como a entrada das mulheres na polícia se associou
simbolicamente a uma tentativa de humanização da Polícia Militar, ou seja, a
presença da mulher na polícia contempla práticas distintas das representações
sociais tradicionais que relacionavam a polícia à repressão e ao uso da força.
Percebe-se que a incorporação da mulher na PMDF foi representada tanto como um
momento especial de conflito e de dificuldade”.
Hermeto finalizou seu discurso trazendo uma reflexão dos dias atuais e o que se
espera do futuro.
Fotos retiradas da
rede social (facebook oficial do Deputado Hermeto).
“Hoje a policial militar feminina nas
viaturas, junto com os homens elas não só trazem suavidade e leveza, como
diziam antigamente, mas também trazem competência, determinação e coragem. A
mulher é capaz de tudo, e muitas das vezes sobrepondo a nós homens, porque tem
a sensibilidade de ser mãe”, observou Hermeto.
Para
a Coronel Ana Paula, chefe de Estado Maior e representante geral da PMDF, ser
mãe e esposa, além de policial militar, é motivo de orgulho e incentivo para
exercer a função de segurança pública. “Conviver numa Corporação
majoritariamente masculina realmente não é fácil, mas com muito estudo,
treinamento e dedicação nós conseguimos superar dificuldades que as pioneiras
enfrentaram há 40 anos atrás. Sabemos que podemos sim conquistar nossos
sonhos e chegar onde quiser. A essência da mulher é muito importante dentro da
Corporação”.
A
coronel relembrou que a intenção de humanizar a policial militar era algo
existente inicialmente na polícia militar, mas hoje as mulheres estão em
diversas funções. Ana Paula finalizou seu discurso citando a necessidade de
concursos que ingressam mais mulheres na PM.
“Hoje
em dia, não só humanizamos, como enfrentamos qualquer função, desde dirigir uma
viatura, fazer uma abordagem na rua e administrar, pois somos grandes gestores
e isso é uma conquista. Cuidem da nossa Corporação como uma mãe cuida de
um filho”, finalizou.
A representante da Secretaria da
Mulher, Jaqueline Domingues, disse que as ‘policiais femininas têm um papel
importante na proteção das mulheres e no combate à violência. “No último
concurso, tivemos 11 mil mulheres inscritas aproximadamente e isso é motivo de
orgulho porque muitas meninas sonham em ser policiais e vocês são exemplo para
elas. Quando a gente protege uma mulher, protegemos também uma família pois a
mulher nunca tá sozinha” explicou.
Jaqueline destacou o trabalho da secretaria da mulher em pra questão da
ocupação pelas policiais femininas dos espaços de poder, exemplificando a
coronel Ana Paula, Chefe do Estado maior
“Que tenhamos cada vez mais mulheres ocupando esses espaços e a valorização das
policiais militares deve ser acompanhada de garantias para sua segurança,
igualdade, oportunidade de treinamento e promoção profissional. Isso
fortalecerá as instituições de segurança e o avanço da sociedade como um todo, pois
demonstram um compromisso com a diversidade, justiça e promoção dos Direitos
Humanos.” concluiu.
“Nós temos contato diário principalmente com as nossas amigas policiais
militares e diante desse histórico, de 40 anos após a primeira turma, temos
pouco mais de 1.600 policiais militares hoje na ativa. O papel de mulher, de
mãe, é trazer essa sensibilidade para a polícia militar”, disse a Tenente
Coronel Larissa, representante do secretário de segurança.
A mais recente soldado da PM, Rebeca Lima de Oliveira, parabenizou a polícia
femininas e afirmou que há grandes mulheres que abraçam essa carreira com
bravura e muita coragem.
“Parabenizo todo efetivo da Polícia Militar feminino. Não é fácil ser mulher no
Brasil, principalmente na Polícia Militar onde a desigualdade já começa no
concurso em suas primeiras fases, com notas de cortes mais altas”
Para finalizar o evento, Marcela Passamani, Secretária de Estado, Justiça e
Cidadania, afirma que graças às perseverança feminina, garra e bravura, foi
possível que as mulheres decidissem e ocupassem espaços importantes e de
decisão, mesmo em meio a dificuldades.
“Quando nós estamos falando desses ingressos, falamos de regras tão
ultrapassadas de como a mulher era vista como incapacitada para executar algo e
só servir para áreas administrativas porque precisava da força masculina para
que pudesse prestar e estar em territórios. Quando nós nos propomos a enfrentar
um concurso público e entrar numa força de segurança para poder trabalhar,
também não é em vão. Que a gente possa honrar as nossas escolhas e abrir espaço
para outras mulheres.” finalizou.
Da redação do Portal de Notícias Tribuna FM, com informações Joás Benjamin (Estagiário) - Agência CLDF.