A segunda quinzena de julho se aproxima e, até o momento, eles não deram o ar da graça. Os apreciados e populares ipês amarelos ainda não sã...
A segunda quinzena de julho se aproxima e, até o momento, eles não deram o ar da graça. Os apreciados e populares ipês amarelos ainda não são facilmente encontrados no DF, dando lugar às espécies roxas. Não menos belos, os ipês roxos já estão na segunda florada em 2023, um fenômeno raro, visto que cada tipo da planta tem um ciclo próprio.
Com a florada prevista para o início do mês de junho, grande parte dos ipês roxos perderam as flores e começaram a produzir outras novas neste julho seco. Influências climáticas, como a incidência de chuvas e o frio intenso que chegou à capital, interferem nas florações, conforme explica a bióloga e professora da Universidade do Distrito Federal (UnDF), Silmary Alvim.
“Tivemos dias bem frios, com a temperatura chegando a até 8º C. Esse é um fator que pode acelerar ou prolongar o processo da floração”, frisa Silmary, que leciona ecologia aplicada nas salas de aula. “Os hormônios vegetais, que ativam as flores, prolongaram a temporada dos ipês roxos. E, não raro, mais de uma espécie floresce ao mesmo tempo”, diz ela, lembrando que é uma árvore suscetível às mudanças ambientais.
Árvore símbolo da capital federal, existem cerca de 270 mil ipês espalhados por todas as regiões administrativas. A paleta de cores inclui ainda o branco e o rosa. O próximo a encantar os olhos do brasiliense é justamente o amarelo, que aparece entre julho e setembro. “Alguns amarelos já começam a produzir tímidas flores na Epia, mas são poucos”, alerta o arquiteto Humberto Vieira, da área de Projetos Paisagísticos do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap.
Segundo Vieira, de outubro de 2022 até abril deste ano, a companhia plantou cerca de 12 mil novos exemplares pela capital. Eles são cultivados sempre no período chuvoso. São vários os endereços, mas ultimamente eles vão para a beira das estradas. Este ano, por sinal, deve ter ipê florescendo pela primeira vez. “São os da EPTG, onde colocamos 2 mil mudas antes da pandemia. Eles ainda são pequenos, mas devem produzir as primeiras flores”, finaliza.
Fonte Agência Brasília