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Biblioteca Nacional de Brasília ajuda a equipar outros espaços públicos

A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) está fortalecendo a atividade da Rede de Bibliotecas Públicas do DF por meio de doações de livros, m...

A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) está fortalecendo a atividade da Rede de Bibliotecas Públicas do DF por meio de doações de livros, mobiliário e computadores. Em 2023, foram repassados 31 computadores, mais de 1.300 livros e dezenas de peças de mobiliário – cadeiras principalmente, além de poltronas, balcões e estantes. A rede é composta por 24 locais, encabeçados pela BNB.

“Além de livros para os acervos, que é nosso compromisso, estamos fazendo um esforço para ajudar na capacidade operacional das bibliotecas porque sentimos que há uma demanda por mobiliário e computadores”, explica a diretora da BNB, Marmenha Rosário.

Em 2021, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) adquiriu novos computadores e pôde repassar as máquinas substituídas. As bibliotecas Lúcio Costa e Monteiro Lobato, do Recanto das Emas, receberam 16 equipamentos. As de Vicente Pires, Ceilândia e Riacho Fundo ganharam, respectivamente, quatro, cinco e seis unidades. Os PCs são compostos de processador Intel Core I3, memória de 4GB, HD de 320 GB a 500 GB, e vêm com software Windows 10 Pro. Os monitores são de 19 polegadas, com mouse com fio e teclado de 108 teclas.

Biblioteca Lúcio Costa, no Recanto das Emas, recebeu seis computadores e um balcão vindos da BNB | Fotos: Divulgação/ Secec-DF

“Antes tínhamos apenas dois computadores pra comunidade toda. Ganhamos da BNB seis computadores e um balcão”, explica Ana Cristina Bezerra, gerente da Biblioteca Pública de Riacho Fundo. Desses, quatro foram para os estudantes, uma máquina ficou para atendimento ao público e outra foi para Ana trabalhar. “Foi um marco significativo para o acesso à informação e ao conhecimento dos nossos usuários”, avalia.

A doação humanizou também o rigoroso sistema que havia anteriormente, pelo qual cada usuário, depois de ficar numa lista de espera, só poderia dispor de uma hora na frente da tela.

O gerente de Cultura, Esporte e Lazer do Recanto das Emas, André Luiz Pinto Ferreira, dividiu as 16 máquinas entre as duas bibliotecas da região administrativa. Cada unidade ficou com cinco computadores, sendo que os seis remanescentes aguardam aumento do mobiliário para instalação. De duas a três máquinas ficarão de reserva para eventual manutenção das demais.

“Com a doação, conseguimos melhorar a qualidade do atendimento aos usuários, o que gerou de imediato um aumento da demanda”
André Luiz Pinto Ferreira, gerente de Cultura, Esporte e Lazer do Recanto das Emas

“Com a doação, conseguimos melhorar a qualidade do atendimento aos usuários, o que gerou de imediato um aumento da demanda”, diz o gestor. Segundo Ferreira, se antes cada biblioteca recebia uma média de 20 interessados por dia, com os novos PCs, já são perto de 30 pessoas que visitam cada uma das duas bibliotecas.

Poltronas

“A BNB vem fazendo um trabalho sem precedentes, sabendo ouvir as demandas de cada RA”, elogia Benedito Lopes Lima, da Biblioteca Pública do Núcleo Bandeirante, onde a carência maior era de mobiliário. O espaço recebeu dez poltronas. “Foram fundamentais para o nosso espaço regenerativo. A gente percebeu que a biblioteca precisava de um local onde os frequentadores pudessem descansar de longas horas de estudo”, relata o servidor.

O gerente do equipamento de Vicente Pires, Felipe Matta Pontes, realça a inclusão digital que a doação de computadores promoveu: “Muitos dos frequentadores necessitam de um ambiente bem-equipado para apoiar as pesquisas acadêmicas e escolares. Os computadores facilitam o acesso a recursos de pesquisa, como periódicos acadêmicos e bases de dados”.

O atendimento ao público voltou a ser pleno na Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade

No caso da Biblioteca Pública de Ceilândia Carlos Drummond de Andrade, as cinco máquinas que chegaram recompuseram o Espaço Digital, que havia sido reduzido de 15 para dez computadores em razão de cinco unidades terem apresentado defeitos após longo tempo de uso – desde 2015.

“As máquinas que chegaram possibilitaram o restabelecimento do atendimento pleno no espaço e a continuidade da formação dos frequentadores, especialmente dos que se encontram em situação de pobreza digital”, contextualiza a gerente do local, Pollyanna Souza.

A unidade do Paranoá não recebeu máquinas desse lote e está na expectativa de conseguir seis computadores e sete estantes proximamente. “Já estou em contato com a BNB”, afirma a gestora do espaço, Antônia Maciel da Silva.

Enquanto o material não chega, Antônia recebeu da BNB latas de tinta spray para renovar com grafite a fachada da biblioteca. O artista Wesley Alves Leite, o Weslley Sandu, desenvolveu na fachada do prédio alusões à poética da literatura.

Com informações da Secec