A campanha de vacinação antirrábica no Distrito Federal, realizada aos sábados desde o começo de junho, vai até o último sábado de setembro...
A campanha de vacinação antirrábica no Distrito Federal, realizada aos sábados desde o começo de junho, vai até o último sábado de setembro (30). O gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Isaias Chianca, reforça a importância de imunizar os animais domésticos contra o vírus causador da raiva e a segurança que a vacinação traz para os animais e humanos.
“Ano passado teve um caso de raiva humana, então a vacinação foi bem maior do que esse ano. Quando não há casos, as pessoas procuram menos a vacinação. Mas é uma ação preventiva, se o animal estiver doente não adianta. Tem que aplicar a vacina para o animal não adoecer. Quando o bicho morde alguém, é que as pessoas vão se preocupar”, pondera.
“Quando não há casos, as pessoas procuram menos a vacinação. Mas é uma ação preventiva, se o animal estiver doente não adianta. Tem que aplicar a vacina para o animal não adoecer”Isaias Chianca, gerente de Zoonoses da Secretaria de Saúde
Em 2023 já foram 131.818 animais vacinados, sendo 121.498 animais durante a campanha de vacinação e 17.320 no restante do ano. O número total é maior do que a quantidade de animais vacinados em 2021, que contou com um total de 50 mil animais vacinados. Os números de 2023, contudo, ainda são menores que os de 2022.
No site da Secretaria de Saúde, os dados de vacinação são atualizados semanalmente e também é possível encontrar os pontos de vacina na página da pasta. Mesmo com o encerramento da campanha no dia 30 de setembro, a vacinação segue sendo feita em todas as sedes da vigilância ambiental.
É uma vacinação continuada, junto à inspetoria de saúde. Durante o ano também são feitas parcerias com pet shops, veterinárias e outras instituições do DF. Confira aqui as datas e os locais de vacinação antirrábica no DF.
Doença letal
A raiva é uma zoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa, transmitida por um vírus mortal tanto para o homem como para o animal. Considerada um problema de saúde pública, a raiva pode levar a complicações como febre, delírios, espasmos musculares involuntários generalizados e convulsões, além de evoluir para quadros de paralisia, levando a paradas cardiorrespiratórias.
O vírus, do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, leva ao óbito praticamente 100% dos pacientes contaminados. Ele é capaz de comprometer gravemente o sistema nervoso central, causando grande inchaço no cérebro. A doença é transmitida para o ser humano por meio da saliva de animais infectados com o vírus.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a raiva ainda mata 70 mil pessoas por ano no mundo. No Brasil, a incidência da infecção ainda é rara, mas voltou a crescer em 2022, com cinco novos casos entre humanos desde então. Desde 1986, são 45 ocorrências. Desde o século XIX, porém, já existe vacina contra a raiva, bastante efetiva em impedir o avanço da doença, caso administrada em tempo hábil.
Fonte Agência Brasília