O feriado prolongado de Finados está sendo marcado por chuvas intensas no sul do país. Os governos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e...
O feriado prolongado de Finados está sendo marcado por chuvas intensas no sul do país. Os governos do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná decretaram estado de calamidade pública nas cidades mais afetadas pelo ciclone extratropical que passa pela região e que acendeu os alertas para riscos de deslizamento de terra, rajadas de vento e temporais. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para o fim de semana indica “condição severa de tempo”.
Diante desse cenário, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para domingo, autorizou os alunos residentes nos municípios afetados pelas chuvas no Paraná a solicitarem a reaplicação da prova. O estado vive um caos por causa das alterações meteorológicas, com 161 municípios atingidos por tempestades, vendavais e chuvas de granizo. Há mais de 56 mil pessoas afetadas e cerca de 4 mil desalojadas, de acordo com boletim da Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cedec).
Um desses locais é Foz do Iguaçu. As Cataratas — maior atração da cidade — registraram a segunda maior vazão da história, 16 vezes acima da média normal. O volume atingiu, no início da semana, 24,2 milhões de litros de água por segundo, quando, regularmente, a quantidade é de 1,5 milhão de litros por segundo. Ontem, o nível chegou a 12 milhões de litros, oito vezes acima da média. Por isso, o Parque Nacional do Iguaçu foi obrigado a bloquear o acesso à passarela mais visitada pelos turistas. O lado argentino das cataratas está totalmente fechado para visitação.
Ventos de 100km/h
Por conta das chuvas e da elevação no nível dos rios, boa parte da região oeste do estado catarinense está em alerta vermelho para a possibilidade de deslizamento de terra. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), decretou estado de calamidade pública por 180 dias nas cidades de Laurentino, Rio do Oeste, Rio do Sul e Taió. “Com isso, temos condições jurídicas de pleitear mais recursos do governo federal”, declarou o chefe do Executivo local.
No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil alerta para “risco de transtornos associados aos ventos” que podem chegar a até 90km/h.” As rajadas de vento podem ficar acima de 80 km/h, eventualmente passando de 100 km/h, no litoral sul do estado entre a noite de hoje e a madrugada de amanhã”, completou o Inmet.
As temperaturas nessa parte do país devem despencar ao longo do fim de semana, até a madrugada de domingo. “O ciclone extratropical estará associado a uma frente fria, que avança rapidamente pelo sul do País. A previsão indica temperaturas mínimas em torno de 5°C a 8°C nas áreas mais frias do sul do Rio Grande do Sul e de 2°C a 5°C nas áreas mais altas do planalto gaúcho e catarinense e no extremo sul do Paraná, regiões com chance de geada fraca ao amanhecer de domingo”, informou o instituto.
Fonte Correio Braziliense