As sessões regulares do Cine Brasília estão de volta. Com a reabertura do equipamento público nesta segunda-feira (22), as exibições diárias...
As sessões regulares do Cine Brasília estão de volta. Com a reabertura do equipamento público nesta segunda-feira (22), as exibições diárias de filmes retornam à programação do local. De 23 de abril a 5 de maio, sempre às 20h, o espaço receberá a Mostra Ocupação. A proposta é exibir curtas, médias e longas-metragens de cineastas brasilienses de modo a fazer uma retrospectiva do cinema brasiliense.
“Essa é uma parceria que fizemos com vários cineastas da cidade. Teremos uma espécie de ocupação diária com exibição de filmes de forma gratuita, porque estamos num momento de diálogo e de convergência para que a gente possa destacar a nossa cultura local”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes.
As produções foram escolhidas a partir da curadoria do cineasta Pedro Lacerda. A primeira exibição será no dia 22 com o filme Mãe, da diretora Adriana Vasconcelos. Misturando realidade e ficção, a história acompanha diferentes mulheres de uma mesma família presas a eventos trágicos interligados. No dia 24 é a vez do documentário Hollywood no Cerrado, de Tânia Montoro, que traça uma perspectiva sobre a ocupação do Centro-Oeste do Brasil por meio de histórias pouco conhecidas, como de missionários, sírio-libaneses e norte-americanos.
O próprio curador integra a mostra com o filme Vidas vazias e as horas mortas. Com sessões nos dias 25 de abril e 2 de maio, o longa-metragem acompanha o leito de morte de um pai que pede ao filho mais novo para reunir a família. Ele vai atrás dos irmãos que partiram do Ceará para trabalhar na construção de Brasília e se depara com um mundo completamente diferente do seu, habitado por policiais corruptos, traficantes de armas e assassinos.
Na sexta-feira, dia 26, o cineasta Afonso Brazza apresenta Fuga sem destino, sobre o personagem Trovão, um perigoso pistoleiro aposentado que recebe a proposta de resgatar vários detentos numa prisão de segurança máxima. O filme será exibido novamente no último dia da mostra, 5 de maio. Outro filme com exibição dupla é Servidão, de Renato Barbieri, com sessões dia 27 de abril e 1º de maio. A produção traz depoimentos de abolicionistas modernos e trabalhadores rurais que foram vítimas de condições de trabalho análogas à escravidão. A produção é narrada pela cantora e atriz Negra Li.
O filme Noctiluzes, de Jimi Figueiredo, terá sessão no dia 28. O longa-metragem integrou a seleção oficial do Festival Internacional de Zanzibar em 2022. A história acompanha um encontro entre um homem cego e dois desconhecidos em um píer.
Sequência da programação
Durante dois dias da segunda semana de mostra, o Cine Brasília terá exibições duplas. No dia 29 tem o média-metragem Carneiro de Ouro, de Dácia Ibiapina, sobre Dedé Rodrigues, um realizador que produz filmes com poucos recursos no sertão do Piauí, e o longa Maria Luiza, de Marcelo Diaz, sobre a primeira transexual das Forças Armadas brasileiras.
No dia 30 é a vez das exibições do curta Mário Fontenelle – A oração silenciosa, de Pedro Jorge, sobre o fotógrafo de Juscelino Kubitschek, e do longa Pra ficar de boa, de Nubia Santana, que aborda o cotidiano de crianças e adolescentes marginalizados, em situação de rua e em conflitos com a lei em centros de internação. Na sexta-feira, dia 3 de maio, os filmes serão exibidos novamente.
Outro filme de Renato Barbieri compõe a mostra. É Cora Coralina – Todas as vidas, que mistura realidade e ficção para retratar a história da escritora que publicou o primeiro livro aos 75 anos.
Fonte Agência Brasília