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Disney+ pode salvar a Disney em uma ação judicial

(Imagem: BBC) Essa é a história mais bizarra do ano.  A Disney está tentando evitar pagar por um processo em que está sendo acusada de homic...

(Imagem: BBC)

Essa é a história mais bizarra do ano. A Disney está tentando evitar pagar por um processo em que está sendo acusada de homicídio culposo alegando que o autor era assinante do Disney+.

Pera… O quê? Como assim? Pode parecer estranho, mas é isso mesmo. Na verdade, é exatamente isso. Mas antes você precisa entender rapidamente a história.

Jeffrey Piccolo processou a Disney em mais de US$ 50.000 depois que sua esposa, Kanokporn Tangsuan, morreu por uma reação alérgica após comer em um restaurante no Disney Springs.

  • O processo diz que Tangsuan informou ao garçom inúmeras vezes que ela tinha uma alergia grave a nozes e laticínios e que o garçom “garantiu” que a comida não continha alérgenos.

  • 45 minutos depois do jantar, Tangsuan teve dificuldade para respirar enquanto fazia compras, desmaiou e morreu no hospital — por “anafilaxia por níveis elevados de laticínios e nozes”.

Aqui começa a parte bizarra

Bom, a Disney até se diz “profundamente triste” com essa perda, mas. tem convicção de que eles não são os culpados.

Além de a Disney alegar que não era dona nem operava o pub irlandês onde ela comia, eles também argumentam que Piccolo era assinante do Disney+.

Isso porque ser assinante do Disney+ significa ter aceitado os Termos e Condições da plataforma, que, em certa parte, dizem que a pessoa concorda em resolver quaisquer processos por meio de arbitragem.

  • Arbitragem é uma maneira de resolver desacordos sem ir ao tribunal. Em vez de um juiz, uma pessoa neutra ouve ambos os lados e toma uma decisão vinculativa.

E é fato verídico: A primeira página do Contrato do Assinante declara, em letras maiúsculas, que “qualquer disputa entre Você e Nós (…) está sujeita a uma renúncia (…) e deve ser resolvida por arbitragem vinculativa individual”.

Claro, a defesa de Piccolo considerou a posição da Disney "absurda", "insana" e quase "surreal" e diz que fica evidente que o assinado nesse Contrato de Assinatura do Disney+ não há qualquer relação com ferimentos sofridos em um restaurante da Disney.

Até porque, se a Justiça acatar esse argumento e der decisão favorável à Disney, pense que 150 milhões de assinantes também renunciaram seus direitos de processar a companhia, mesmo que seja em uma situação extrema — como nesse caso.

Bottom-line: No início de outubro, os dois lados poderão apresentar seus argumentos para um juiz da Flórida.

Fonte The News