Esta notícia é uma contribuição do site Be Geeker : Durante uma entrevista recente ao Rockast , Andreas Kisser , guitarrista do Sepultur...
Esta notícia é uma contribuição do site Be Geeker: Durante uma entrevista recente ao Rockast, Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, comentou sobre a difícil a aceitação do vocalista Derrick Green por parte dos fãs mais “raíz” do Sepultura, que até hoje não reconhecem a atual formação, e renegam os discos lançados após a saída do vocalista original Max Cavalera.
“O lance do Sepultura eu acho muito injusto no sentido de que só a gente não pode trocar de membros. Porque cara, a história do heavy metal, o Slipknot teve sei lá, uns 18 membros, e ninguém fala nada. E o que é o Slipknot, né? O número 1 e número 2 morreram, e eram meus amigos. E tudo bem, ninguém fala nada. Agora sai um cara… sai o outro… Muito pela choradeira do outro lado. Aquela coisa do ex-marido que não aceita o fim do casamento, e parece que está casado ainda mas não está. A gente está vivendo outra vida mas fica preso ali naquela coisa da ideia né, que não sei o que.”
Andreas acrescentou:
“E é muito injusto isso, né, de ‘ah, vocalista’… Pô, Van Halen, cara! AC/DC, Black Sabbath, cara, tantos vocalistas, Deep Purple, Whitesnake… Olha o tanto de bandas que passou por estas trocas.
Eu acho tão normal isso, eu não sei o por que a gente é acusado de continuar com o nome, por que assim, eles abandonaram, né? Primeiramente. Abandonaram o nome, as coisas boas, e as coisas ruins que a gente teve que consertar, de imposto, de coisas mal feitas pelo management antigo, e tudo muito mal explicado, mal feito, e a gente, porra… De oito ou dez anos pra cá que a gente começou a reorganizar tudo e ter um contato direto com a gravadora Roadrunner, fazer as caixas de discos de vinil, um contato direto com os Cavalera para resolver essas coisas juntos, etc. Quatro managers fantásticos, hoje a gente tem tudo muito organizado. Eu tenho pelo menos uma visão geral do que está acontecendo com tudo, com planilhas, com possibilidades, não faz isso, não faz isso, investe aqui, tira daqui, enfim, coisas que na nossa história eu nunca consegui fazer pelo caos que sempre foi, de família, de pessoas fazendo aquilo que não sabem.
Mas também não estou reclamando, eu estou falando que todo esse processo é uma escola. Eu passei por isso, enfim, e só estou agradecendo. Mas estamos aqui por que aprendemos, não estamos patinando lá. Se fosse em outras épocas, a gente nunca ia parar dessa forma tão tranquila, tão serena, com confiança e certeza do que está fazendo. Então é isso, o Sepultura é um caos, mas esse caos que mantém a gente vivo, mantém a gente motivado, desafios para crescer como pessoa, como músico, como business, como tudo.”